Capítulo 16 - A ansiedade.


Sem muita expectativa, os marotos que não jogavam o esporte mais amado do mundo bruxo saíram do salão principal, todos cheios, e felizes. Tiago sentia até o dedão de seu pé tremer. Ele e Sirius ainda esperavam os outros jogadores para irem em comboio para o campo de quadribol.

- E aí... - O garoto de óculos redondos se virou para o amigo, que começara a falar. - qual a expectativa para o primeiro jogo de quadribol do ano?

- A melhor possível. - Ele piscou, e olhou para o lado. O goleiro e os dois batedores desciam as escadarias do castelo, já vestidos com o comumente usado uniforme vermelho-e-dourado, com vassouras em mãos. - Vocês demoraram! - Alertou-os, enquanto eles começavam o pequeno discurso de "perdi minha vassoura", ou "o hipogrifo roubou meu uniforme".

- Ok, já estamos prontos! - Gritou Sirius, ao ver o restante do time, ou seja, as duas outras artilheiras da Grifinória saírem do salão principal, conversando euforicamente.

O grupo desceu junto, na direção do campo de quadribol, confabulando desde táticas de jogo a quem seriam os jogadores que substituiriam os que se formaram no ano que se passara. Tiago, em especial, estava longe dali. Ele não queria saber de táticas, ou das novidades. Ele só queria saber de ganhar, e tirar a Sonserina da taça de quadribol pela primeira vez em cinquenta anos.

- Ei, gatinhos! - Todos os jogadores da Grifinória olharam para o lado. O comboio da Sonserina chegava. Os dois times pararam lado-a-lado, e se encararam. - Prontos para o desastre de hoje?

- EI, PONTAS! - Tiago olhou para Sirius novamente. O outro, apontava para um dos sonserinos no centro do grupo. Ele podia reconhecer aqueles cabelos mal lavados em qualquer lugar da face da terra. - É o...

- Ranhoso? - Falou alto para si mesmo, assustado. Snape soltou um sorriso confiante.

- Com medo, Potter fuinha? - O Sonserino soltou sua marca registrada, o sorriso amarelo. Tiago urrou por dentro. - Parece que vamos humilhar vocês no nosso milésimo jogo.

- Ei ei ei... - Uma voz conhecida pôde-se ser ouvida. A silhueta adulta da professora de vôo e juíza de Hogwarts, Madame Hooch, aparecia por entre os dois times, que ainda se encaravam. Quem estava ao longe devia poder chegar a notar as faíscas que emanavam do encontro do vermelho com o verde. - Sem brigas. - Ela olhou para os dois capitães. - Quero um jogo limpo, pelo menos desta vez, certo? - Os dois concordaram com a cabeça. Quando a professora de vôo passou pelos dois, o sonserino ameaçou, em mímica, que Tiago seria o primeiro a cair da vassoura.

- Vamos logo, Grifinória! - Ele se virou para frente e voltou a andar, sendo seguido pelos companheiros, sem dar uma palavra.

Logo, o grupo pode notar a gritaria, e a bagunça que se instalara no campo de quadribol. Como de costume, os Lufanos e os Corvinais continuavam à favor da Grifinória, lotando a torcida dos leões. Só os sonserinos, com ar superior, ficavam do outro lado do estádio, praticamente vazio. Os professores mantinham-se sem torcida, mas podia-se notar a afobação da maioria para a derrota da Sonserina.

Sem dar mais palavra alguma, Tiago continuou sua procissão até o vestiário direito, onde a maioria dos jogadores se jogou nos assentos, mas ele não. Continuou ereto, chegando mais próximo da entrada do campo em si. Ele desejava mais que tudo, naquele momento, ganhar a taça comemorativa e esfregar na cara de Snape. Mas... em que posição jogaria o sonserino?

- Não esquenta, Pontas. - Tranquilizou-o Sirius, tocando o ombro do amigo. Tiago se assustou, mas logo relaxou. - Nós vamos humilhar os sonserinos, você vai ver.

- É, eu sei.. - Falou, desanimado. De repente, o sinal soou. Tiago tomou posição e chamou os outros jogadores. - Vamos logo formar as filas! - Gritou, ficando em frente aos demais.

Ao ser chamado, o time de quadribol da casa dos leões deu seu rasante na volta do campo, para se acostumar com o ar. Tiveram poucos minutos de liberdade, que acabou quando a casa das serpentes foi chamada, e o verde também se espalhou pelo campo. Todos começaram a se movimentar, sérios, pois sabiam que seria um jogo dificílimo para ambos os lados. Tiago e o capitão da Sonserina, o artilheiro McGregor, se aproximaram do centro, perto de Madame Hooch, que ainda não tinha levantado vôo.

- Ei, capitães. - A professora olhou para os dois novamente, mais séria do que de costume. - Lembrem do que falei antes de vocês chegarem. Quero um jogo LIMPO, sem maldade. - Os dois concordaram com ela, e se aproximaram mais. - Vamos, apertem as mãos! - Encorajou, e Tiago levantou o braço.

A partida estava prestes a começar.

By Tiago Potter.

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