Capítulo 44 - Duelo nos Jardins.

A risada de Voldemort ecoou - mesmo que de modo impossível - por todo o jardim, naquele tom frio e penetrante, de arrepiar os cabelos. Mas isso não intimidava mais Tiago. Ele não era mais um garoto de dez anos. Aliás, estava no seu último ano em Hogwarts, e se quisesse defender as pessoas que amava, teria de enfrentar do mínimo ao máximo daquele sentimento que ele chamava de medo. Deu um passo à frente.

- O que você quer, Voldie? - Fez questão de criar algum apelido para o momento. Se o bruxo estivesse com raiva, perderia alguns pontos na execução dos movimentos. - Roubar doce de criancinhas? Porque rindo assim, este é o máximo que você vai conseguir. - E fingiu uma risada. - Se você quiser tomar esta escola, precisará de MUITO mais. - Entrou em posição de duelo e apontou a varinha para o inimigo. Lílian assistiu a cena apreensiva.

- Você realmente acha que pode comigo, garoto? - O homem de rosto ofídico analisou a situação, levando uma das mãos ao queixo, imitando uma expressão pensativa. - Vejamos... um garoto que ainda nem se formou na escola contra o melhor bruxo de todos os tempos... - Bellatrix não se conteve no momento, e soltou uma gargalhada. Voldemort sorriu, dando sinal verde para os diversos comensais darem mais risadas. - Isso é pedir para morrer, Potter.

- Vamos ver quem é que vai morrer aqui, seu idiota! - Com um movimento rápido e chacoalhar da varinha, um raio rubro saiu da varinha de Tiago, passando por cima do ombro de Voldemort, que desviou com perfeição.

- Expelliarmus? - Debochou, dando um passo a frente e reconstituindo a posição. - Acho que você não vai chegar a lugar nenhum com estes feitiços inúteis. E apontou a varinha para o garoto. Um raio azul céu tomou o ar, ao que o grifinório jogou-se ao chão.

- PONTAS, TOMA CUIDADO! - Sirius olhara para trás naquele exato momento, enquanto ainda brigava com um comensal que não conseguia identificar. Pela situação, a luta havia acabado de começar. Normalmente os inimigos de Sirius ficavam em retalhos, e este mantinha suas vestes bem como sua máscara em perfeitas condições.

- Ah, a amizade. - Você-sabe-quem olhou para o céu, já escuro, como se lembrasse de alguma coisa. - Deve ser importante para idiotas ter amigos. Idiotas não sabem se cuidar sozinhos, e precisam de alguém para ampara-los. Vocês não merecem viver, são insetos prontos para ser esmagados!

A luta continuou. Lílian, Sirius e Remus eram os que mais nocauteavam comensais, embora olhassem de pouco em pouco tempo para Tiago. Este, só fazia desviar dos diversos feitiços de Voldemort, mas ainda assim com perfeição, embora já estivesse ficando cansado de correr.

A maioria dos mascarados já estava ao chão, restando apenas os que sobreviviam, já ofegantes, em meio aos duelos das redondezas. Do grupo do mal, só Voldemort, Bellatrix, Snape e Lucio pareciam ainda resistir ao cansaço. Estes lutavam respectivamente contra Tiago, Sirius, Remus e Lílian.

- Já chega de brincadeiras! - Gritou Voldemort, cansado das esquivas do grifinório. - É hora de acabar com isso.

- Você acha mesmo que consegue? - O suor brotava do rosto do garoto de óculos, mas ainda assim não pôde de exibir um sorriso de desdém. - Pois pra mim, esse é o máximo que você pode dar.

- Que insolência! - Voldemort fechou os olhos, e girou em seu próprio eixo, enquanto fazia movimentos perfeitos e sibilava palavras sem sentido (ao menos para os garotos), quando uma luz verde-musgo começou a sair da ponta da varinha do bruxo, e foi tomando a forma de uma serpente. Ela começou a flutuar na volta dele, tornando-se cada vez maior, até que depois de três voltas, ela já tinha adquirido um enorme comprimento. Quando parou de girar, a cobra adquiriu um tom cristalino, e continuou a girar.

O que aconteceu em seguida se mediu à frações de segundo. A cobra levitou muito acima e adquiriu uma coloração vermelho-fogo, dividindo-se em diversas outras, estas tomando a aparência de adagas afiadíssimas, que circundaram o grifinório e dispararam em velocidade incrível.

Quando já estavam chegando, novo brilho ofuscou a vista de todos, e de onde só havia ar, agora estava Dumbledore, segurando com força um escudo acima dele e de Tiago, o som das adagas batendo contra o escudo era ouvido com perfeição.

- Dumbledore? - O bruxo das trevas riu, baixando a varinha novamente. - Você sempre tem que salvar os mais fracos não é, Superman?

- Você está aqui para duelar ou para criar novos apelidos para mim, Voldemort? - O diretor apontou sua varinha para o outro, com uma expressão séria no rosto.

- É claro que é para lutar, idiota. - Tomou posição de duelo, mas quando começou a movimentar a varinha, tudo que pode notar foi que Dumbledore pulara em sua direção, com a varinha brilhando.

Os dois giraram no ar e desapareceram. Todos olharam para a cena, indagando-se se podiam ou não aparatar em Hogwarts. Em baixa e assustados sem seu maior defensor, os comensais desaparataram, deixando apenas o grupo do bem que, embora cansado, juntou-se apreensivo. Para onde foram Voldemort e Dumbledore? Aquilo era só questão de tempo até descobrirem.


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