Capítulo 46 – Você não presta Sirius Black

- Se está pensando em usar Legilimens está muito enganado que irá conseguir. – deu uma risada sarcástica- Avada Kedavra.

- Tom, Tom... – Dumbledore precisou de um único movimento para desviar da maldição da morte lançada por Voldemort. – Você pretende me matar?
- NÃO ME CHAME DE TOM! – ordenou Voldemort que pela primeira vez naquela noite alterava seu tom habitual de voz, que mais lembrava o sussurar de um cobra.
- Não é seu nome? – Dumbledore usava de um tom irônico, que misturado com seu jeito calmo de falar, irritava por completo o Lord denominado Voldemort.

***

Még saiu dali, deixando Sirius sozinho com a lembrança do que acontecera naquele dia. Ela por sua vez, não precisava parar para lembrar. Aquilo não saia da sua cabeça. Era certo que ela e Sirius não estavam namorando, nem tinham um compromisso sério, mas, era Sirius que esteve com ela desde a morte de seu pai. E depois daquele dia no lago, em que Sirius disse que realmente gostava dela, ela simplesmente achou que ele iria mudar. Meg nem ao menos sabia ao certo porque se importava tanto assim, afinal só havia ficado algumas vezes com ele. Mégara agora andava meio sem rumo pelos corredores. Ela não sabia ao certo onde estava indo, só sabia que não queria ir para o salão comunal, onde todos estariam comemorando o final do natal, comentando o duelo de minutos antes, e fazendo os preparativos para o casamento de Lily.

***

- Meu nome é Voldemort! LORD Voldemort, para você. - disse Voldemort esboçando um sorriso um tanto frio, mas que não intimidava nem um pouco Dumbledore.
- Acredito que não foi para discutir seu nome que você me troxe aqui. – Dumbledore fez uma pausa na qual olhou atentamente para o lugar onde estavam. – Afinal, onde estamos?
- Isso não importa agora. – Voldemort estava com a varinha apontada para Dumbledore, que por sua vez somente sorria. - SERPENSORTIA! – berrou ele.
- Parece que você gosta mesmo das cobras... FINITE ENCANTATEM! - e a cobra se desmaterializou. – Agora se você me dá licença Tom, ainda tenho uma festa de natal para terminar.

***

Por fim cansada de andar, resolveu voltar para o salão comunal mesmo. Ficaria alguns minutos com os amigos, e depois dormiria.

- Méég! – Lily gritou. – Por onde esteve?
- Ah, por aí. – respondeu Még sem nenhum ânimo.
- Que isso Még, é noite de natal, vamos animar! – disse Tiago. Embora Még achasse que Tiago tinha razão, que não valia a pena ficar triste logo na noite de natal, ainda por cima pelo Sirius, não conseguia se animar. O clima no salão comunal estava meio pesado. Já fazia mais de hora que Dumbledore havia sumido com Voldemort, e ninguém soubera notícias. Os pais de Lily, assim como os de Tiago, já haviam ido dormir.
Por fim, cansados da espera, resolveram todos dormir. No outro dia seria natal, e Dumbledore com certeza já teria voltado.
- Ei Még! Espera! – Még estava subindo as escadas para o dormitório quando ouviu aquela voz, tão conhecida.
- O que você quer Sirius? – ela tentou usar o máximo de frieza em sua voz.
- Podemos conversar?
- Eu já disse que nós não temos nada para conversar. – Még desceu os degraus até Sirius, ficando assim frente a frente com ele.
- Por que você faz isso comigo? – Sirius se aproximou um pouco da garota.
- Isso o quê? – Még recuara alguns centímetros, aquela proximidade não era nem um pouco bom, ela sabia que não resistiria por muito tempo. – Que eu lembre, quem errou aqui foi VOCÊ. – ela fazia questão de deixá-lo culpado.
- Então tá, querida Mégara, se é assim... – disse Sirius surpreendendo Még.
- É claro que é assim. – Még engoliu um seco. – Eu acreditei em você Sirius. Você disse que gostava de mim, e no outro dia estava com outra. Você pensa que todo mundo é assim como você, sem sentimentos?
- EU TENHO SENTIMENTOS! – Sirius rebateu.
- Você tem tantos sentimentos, quanto aquela mesa ali. – Még sabia muito bem ser irônica. – VOCÊ NÃO PRESTA SIRIUS BLACK!
- QUE DROGA MÉG, EU GOSTO DE VOCÊ, SERÁ QUE VOCÊ NÃO ENXERGA? – gritou Sirius.

POOOFT!

Um estouro interrompeu a discussão dos dois.

- DUMBLEDORE! – os dois falaram ao mesmo tempo, e esquecendo da discussão, saíram juntos, correndo para chegarem ao salão principal.
- PROFESSOR, PROFESSOR! – Mégara se adiantou em correr para o local, onde Dumbledore estava caído. – O que foi que houve? – perguntou ela enquanto se sentava ao lado do professor.
- Srta. Dodson, essa não é uma boa hora. – Dumbledore se pôs de pé. – Eu preciso informar o ministério do que aconteceu essa noite. Avise à todos que eu estou bem. – completou.
- Mas... – Mégara queria argumentar.
- Amanhã Srta. Amanhã eu prometo que explico para vocês o que aconteceu, mas agora já está tarde e vocês deveriam estar na cama. – Dumbledore piscou o olho para Sirius e saiu.
- O que... como? – perguntou Még para Sirius. – É impossível aparatar em Hogwarts não é?
Sirius pensou por vários segundos antes de responder.
- Nada é impossível para Dumbledore. – falou ele. Por fim os dois voltaram para o salão comunal, e não voltaram a discutir. O dia havia sido longo, e eles estavam cansados demais para isso.


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