- Joga logo, Pontas... - Reclamou Sirius. Ele e James estavam sentados um de frente para o outro, com cartas em mãos. - A não ser que não queira mais jogar. - Disse, colocando usas cartas na mesa, viradas para baixo.
- Calma, calma... - James, entediado, comprou uma carta. - Eu só tava pensando.. - E descartou uma em um monte no centro da mesa.
- Nossa, que mágico! - Exclamou Sirius, fingindo ânimo. - Você, pensando e jogando!
- É sério, almofadas. - Ele devolveu as cartas ao monte de compras. - Temos só jogado cartas por todas as férias, isso tá muito chato!
- Até poderíamos fazer outra coisa... - Sirius coçou a nuca, pensativo. - mas não é permitido. - Um sorriso maroto surgiu no rosto dos dois quase que imediatamente.
- O que tramas, Sr. Almofadinhas Black da Silva Júnior Medeiros? - Perguntou James, se levantando imediatamente da cadeira.
- Ó, já ficou animado! - Riu-se Sirius, vendo que a imaginação do amigo estava voltando a aflorar. - Então... mas o que eu disse não é permitido MESMO. - Completou, entristecido. - Ainda somos menores de idade, esqueceu?
- NÓS somos menores... - James fez mistério, mas logo saiu correndo em direção à lareira. - Mas tem gente que não é.
- Quem?
- Ih, as férias tão acabando com seu raciocínio, Almofadas. - Brincou Pontas, enquanto seu amigo o seguia. - Vamos atrás de Remus John Lupin! - Os dois já estavam em frente à lareira, com o pó de flu
- Agora
- Onde vocês pensam que vão?! - Perguntou assustado o Sr. Potter, no momento
- Nós vamos, erm... CASA DOS LUPIN! - James empurrou o amigo contra as chamas, e pulou em seguida. - LOGO VOLTAMOS! - Gritou. Logo, seu corpo começou a rodopiar e a última coisa que pode ver foi seu pai, gritando com ele, do outro lado da lareira.
Agora, tudo girava. James só conseguia ver o chão liso em que deslizava, também como alguns pequenos caminhos, fazendo bifurcações na 'estrada principal' da rede de flu. Ele agora se perguntava por que uma solução tão precipitada. Há cinco minutos atrás, eles estavam jogando cartas.
Sirius, por sua vez, só conseguia pensar em agradecer a Merlim por não ter tomado café pela manhã. Apesar do desconforto e mal-estar, ele não sentia enjôos. Os dois continuaram rodopiando por vários minutos, sem dar uma palavra, até que a velocidade em que se locomoviam começou a diminuir. Logo, os dois estavam saltando, sujos, no tapete de uma sala desconhecida.
- Será que você falou direito? - Reclamou Sirius, se levantando e limpando as vestes, estressado. James arrumou os óculos no rosto e também começou a tirar a poeira.
- Acho que sim. - Potter olhou para os lados, procurando por alguém. - Nós nunca estivemos antes na casa do Lu... - De repente, uma luz vermelha atingiu seu peito, e o garoto voou, batendo de costas em uma estante de livros antigos e caindo, desmaiado.
- Quem está aí? - Perguntou uma voz conhecida. Sirius se virou para um corredor escuro do outro lado da peça, vendo a silhueta do amigo.
- Aluado! - Gritou o garoto, correndo em direção do amigo. Remus parecia cansado, e deveras estava. Mais pálido que nunca, e só estava de pé por se apoiar às paredes. - O que aconteceu? - Sirius carregou o amigo até o sofá, onde os dois se sentaram.
- Dois comensais... - Falou, olhando para baixo. - vieram aqui ontem, através da lareira. - e olhou para o amigo, que demonstrava preocupação. - Mas ficou tudo bem, no fim. Digo, eu tive que duelar contra os dois, e não foi uma tarefa fácil. - Tentou tranquilizá-lo Lupin, mas definitivamente ele não parecia estar bem.
- E por que atacou o Pontas? - Sirius agora ia em direção ao outro amigo, carregando-o e o levando para a poltrona mais próxima. Lupin inspirou fortemente.
- Achei que aquele-que-não-deve-ser-nomeado tivesse mandado reforços. - Disse, chateado.
- O que tá acontecendo aqui? - James abriu os olhos lentamente, ainda um pouco tonto. - Aliás, o que aconteceu COMIGO? - Resmungou, e os outros marotos riram.
- O Aluado te acertou um expelliarmus. - Debochou Sirius, rindo mais. - Os comensais vieram aqui ontem e... - Ia começar o garoto, mas foi interrompido pelo barulho da porta. Um homem havia entrado na sala, e só podia se ver sua sombra. Os marotos todos se viraram, para ver quem adentrava na casa dos Lupin. já tinha quase meio corpo dentro da lareira.
<< Capítulo Anterior | Próximo Capítulo >>
<< Voltar ao Menu da Fic