Capítulo 4 - E começamos bem...


Ele mal respirava, como se quisesse medir cada movimento do inimigo, que o rondava silenciosamente.

Ele tentava adivinhar onde cada um deles estaria, pra que direção eles estariam se mexendo, mais seus cálculos precisavam ser precisos e seus feitiços certeiros.



-ESTUPEFAÇA!- Remo gritou, atirando o comensal mais próximo em cima da mesa de jantar.



O garoto continuou caminhando cauteloso na escuridão. O outro comensal estava a sua procura e depois daquele feitiço, sabia que logo o encontraria.

Lupin percebeu uma sombra mover-se do seu lado direito e como em um gesto automático, apontou sua varinha e lançou no comensal um feitiço que atordoou-o e em seguida, o comensal caiu com um baque.



Remo limpou a testa suada, tentando clarear seus pensamentos. Foi andando quieto até a sala de estar, pensativo e inquieto.



Como aquilo havia acontecido? Como aqueles comensais haviam conseguido penetrar em sua casa? Por que motivo eles iriam querer alguma coisa na casa dos Lupin? Era muito insano ficar pensando em tudo isso agora, ele sabia. Ainda mais porque estava sozinho naquela casa e não haveria como avisar seu pai do ataque.



Ele simplesmente relaxou um pouco os músculos, tentando acreditar que tudo aquilo havia acabado, pelo menos por hora. Mas não conseguia ficar totalmente despreocupado ou baixar a guarda. A todo momento ele virava a cabeça para o lado, buscando o inimigo inexistente, ou dando de cara com os dois comensais caídos.



Lupin se levantou cansado, rumando as escadas. Parou no meio do caminho, percebendo a bagunça que a casa havia ficado depois do duelo.

“Isso fica pra depois”, pensou ele exausto.



Chegou a porta do seu quarto mal acreditando que aquilo estava acontendo e que realmente havia lutado com os comensais e vencido. Jogo-se em sua cama, suas vestes muito mais rasgadas que o comum. Ele não conseguiu enxergar mais nada, nem pensar em nada. Antes que ele percebe-se que aquilo poderia ser um engano, Remo adormeceu profundamente.



Um barulho vindo do andar de baixo. Mais precisamente da sala, deduziu Aluado que havia acordado assustado. Ele tateou a cama em busca da varinha e foi encontrá-la logo ao seu lado. Levantou-se e ficou de pé rapidamente, mas sem fazer ruído algum. Ele havia aprendido que isso era essencial se queria ficar vivo depois da luta da noite de ontem.



Desceu as escadas sorrateiramente e assim que avistou movimentos na sala, lançou Expelliarmus em cheio no peito da sombra.



-Quem está ai?- Ele arriscou, com os pés bem firmes onde estava.



-Aluado!-Gritou Sirius, se aproximando do amigo.



Depois de reconhecer alem de Sirius, que quem ele havia acertado era Tiago, Remo relaxou finalmente e sentou-se com os amigos, deixando-os em dia dos últimos acontecimentos. Tiago e Sirius ficaram momentaneamente surpresos com a visita dos comensais e fizeram as mesmas perguntas que Lupin tinha feito a si mesmo na noite passada.



Outro barulho na casa dos Lupin. Os três marotos se adiantaram, levantando-se e apontando as varinhas para a porta. Todos estavam observando com total atenção quando a porta se escancarou e ouviu-se a calorosa voz de alguém conhecido pelos três.



-Remo, cheguei de via...- O senhor Lupin iniciou sua fala, mais não conseguiu terminar, quando percebeu os três garotos com as varinhas apontadas em sua direção.



-Sr. Lupin!- Exclamaram Sirius e Tiago, em uma só voz aliviada,baixando as varinhas junto com o terceiro maroto.



-Paaaai.- Disse Lupin, com sua voz cansada e também aliviada.



-Oi Tiago, Oi Sirius. Remo meu filho, o que aconteceu por aqui? Ou melhor o que está acontecendo?- Perguntou o Sr. Lupin completamente perdido.



-Ah Sr. Lupin, é uma longa história.-Balbuciou Sirius, como que quisesse se safar de contar toda a história naquele momento.



-Então podem começar, agora que cheguei de viagem tenho todo o tempo que precisarem pra me explicar isso tudo.- Ele disse as últimas duas palavras olhando em volta.

Remo simplesmente deu de ombros, inclinou-se um pouco mais no sofá e contou toda a história ao seu pai.



Depois de histórias explicadas, casa arrumada e barrigas devidamente alimentadas, todos da casa foram dormir.



Na manhã seguinte, Remo foi o que acordou primeiro, como sempre. Acordou Tiago e em seguida Sirius, e todos foram se aprontar para ir para a estação. Após a chegada de Pedro, os quatro se arrumaram rapidamente e tomaram café na mesma rapidez. As dez horas, já estavam todos, incluindo o Sr.Lupin,dentro do carro a caminho da estação.



Chegaram faltando exatamente cinco minutos com relação ao horário combinado com as garotas. Tiago, Remo, Pedro e Sirius se despediram do pai de Lupin e entraram no Expresso esbaforidos,mais satisfeitos.



Não demoraram a encontrar o vagão onde as garotas estavam e foi Tiago quem puxou a fila para os cumprimentos gerais.

Pontas, como sempre, jogou um charme pra cima de Lily que incrivelmente, pareceu divertir-se. Todos se cumprimentaram calorosamente até que os olhos de Lore encontraram os de Remo.

“Nossa, como ela está linda!”, pensou Aluado e sorriu sem querer. Lore respondeu ao sorriso do garoto, foi quando então ele percebeu que havia feito o mesmo para ela. Seu rosto foi ficando vermelho mais como estavam muito entretidos, pensou que ninguém tivesse visto.Enganou-se, pois havia uma certa Fingher que estava a observá-lo com olhos bondosos e cheios de saudade.



Assim, o grupo seguiu viagem e Lupin se sentiu feliz e aliviado pois estava em companhia de seus melhores amigos no mesmo vagão dos últimos sete anos, prontos para mais um ano de emoções e aventuras.



By: Remo Lupin

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