Capítulo 31 – A batalha continua


Remo e seus amigos duelavam bravamente contra os vários Comensais da Morte, que apareciam como pragas em um jardim, em uma rapidez e número impressionantes.

O garoto duelava a distância com um comensal alto e magricelo, que mexia a mão com a varinha freneticamente, mandando feitiços inimagináveis na direção de Lupin, que os defendia como podia e se deslocava de outros tantos que passavam da barreira mágica feita por ele.

A tensão era muito grande ali e podia ser sentida em todos ao redor dentro daquele terreno baldio. Lupin não tinha tido tempo nem coragem suficiente para olhar para o lado e ver como os amigos estavam se saindo na tarefa de liquidar os ataques dos Comensais, mais observava com certa satisfação que uns 3 já haviam caído e outros 2 haviam desaparatado dali em questão de milésimos antes que um feitiço certeiro atingisse ambos.

O adolescente se esquivou de um feitiço lançado pelo Comensal que duelava com ele, se arrastando para trás de uma espécie de construção inacabada dentro do terreno que, ele podia garantir, não estava ali quando eles haviam chegado ao local. A estrutura simplesmente havia se materializado, como se estivesse estado sempre ali.
Se parecia com o projeto de um prédio de porte médio. Que por sinal resistiu bem aos ataques do comensal, fazendo a estrutura tremer, mais não quebrar-se, por incrível que isso parecesse.

Foi quando o maroto teve uma idéia. Reuniria os outros colegas ali primeiro pra saber se estavam inteiros ainda e segundo para decidir seu plano, já que Comensais apareciam a todo minuto, deixando-os em uma péssima posição tanto de ataque quanto de defesa.

Agarrado fortemente a sua varinha, Remo pôs a cabeça para fora da sua proteção. Nesse mesmo segundo, lançou um feitiço mirado para frente, para atingir qualquer que fosse o Comensal. Precisa convocar os amigos e daquele modo seria mais fácil.

- Marotos! Meninas! – Remo gritou o mais alto que pode, para despertar a atenção dos demais, que se encontravam espalhados pela área.

Felizmente, ele conseguiu ser ouvido pela pessoa mais próxima dele. Mégara duelava bravamente com uma Comensal incansável.
Ela gritou os demais e todos lançando feitiços, foram na direção em que ouviram o Maroto.

Lorelai, Mégara e Sirius ficaram abaixados ali próximos de Remo, todos com respiração pesada e com os olhos injetados, por pura precaução, além das varinhas coladas em suas mãos.

- Como...? De onde veio essa construção? – Lorelai estava olhando em volta, fascinada e ao mesmo tempo assustada.

- Não faço a menos idéia, simplesmente apareceu. – Remo respondeu e rapidamente continuou. - Lorelai, Mégara, Sirius, Ti.... – Lupin olhou confuso e pasmo ao mesmo tempo para os três amigos. – Onde está o Tiago? E a Lílian? Cadê eles?

Os garotos puderam ouvir o barulho do muro caindo em alguma extremidade.

- Eu não sei, eu não sei! Eles não estavam perto de você Sirius, você não os chamou? – perguntou Mégara, apertando a varinha em sua mão, freneticamente.

- Estavam, estavam bem ali! – E o garoto apontou com a cabeça onde estivera a minutos atrás. – Eu os chamei e então me virei para lutar, eu não procurei eles de novo...

Todos se entreolharam preocupados e aflitos. Onde podiam estar Lily e Tiago? Pra onde eles teriam ido? Ou pior, quem os teria levado dali? O que estariam fazendo com os dois?

- Eles podem ter ido se esconder em algum lugar, para pegar os Comensais de surpresa! – Lorelai disse, meio que querendo se convencer de sua teoria.

- Não sabemos Lore. E nem temos como adivinhar ou ficar pensando em hipóteses agora. Se Tiago e Lily foram pe... – Sirius foi interrompido. Um jato de luz verde acertara em cheio a construção, que estava começando a ruir próximo do lugar onde eles estavam. O garoto se levantou e lançou um feitiço direto no Comensal da Morte que acertara a construção, se baixou e continuou, limpando o suor do rosto – Se eles tiverem sido pegos, nós estamos prestes a sermos levados também, se não lutarmos e derrotarmos todos eles. Precisamos acabar com isso agora antes que seja tarde.

- Ok, certo. – concordou Lorelai rapidamente. – Então lutaremos, e depois iremos procurá-los ?

- É, é o melhor a se fazer. – Lupin concordou, já pronto para voltar para a luta.

- Vamos nessa então. Vamos acabar com eles. – Mégara incentivou os amigos. – Em três, dois, um... Agora!

Todos os marotos se levantaram e fizeram uma espécie de fila, um do lado do outro, em que os feitiços eram disparados em série, quase que precisos em cada Comensal na frente deles.
Depois, eles se separam e continuaram a luta, suando cansados, mais com garra e coragem, dignos da casa dos Leões.

Foi então, quando estavam em um momento decisivo da luta, que param de aparecer Comensais e os que estavam duelando, de repente olharam perplexos com terror para o nada e desaparataram.

Remo teve a impressão de ter ouvido uma voz baixa e soberana sibilar algo antes de todos desaparecerem.

- O que foi isso? – Perguntou Mégara, se aproximando de Lupin. Os outros dois chegaram também perto do maroto e então este pode reparar no estado de cada um.

Mégara estava com a roupa suja e com a saia rasgada na barra, além de pequenos arranhões nos braços.
Lorelai, que estava com os cabelos antes presos, podia ser observada agora com os mesmos soltos e rebeldes, colados em sua nuca. Estava com a blusa rasgada na manga e tinha leves arranhões na face.
Já Sirius, se encontrava em estado pior. Sua camiseta estava por completa rasgada em algum lugar, com alguns ferimentos no peito e na barriga além de ter um ferimento na boca.
Ele, pensou Lupin, não devia estar muito melhor do que eles. Agora que reparara, sentia uma pontada forte na perna esquerda.

- Bateram em retirada. – Sirius se virou para a garota. – Sem mais nem menos.

- Não sei não... Vocês por acaso não ouviram... – Lorelai comentou, meio encolhida.

- Um sussurro suspeito? – Lupin completou para a outra, enquanto ignorava a dor na perna, que parecia estar aumentando gradativamente.

- Eu achei que tinha sido só impressão minha, mas eu também ouvi alguma coisa! – Mégara disse, com a voz cansada.

- É, acho que eu ouvi alguma coisa também. – Sirius comentou, deixando os outros três assustados, assim como ele mesmo ficara com o seu comentário.

- De qualquer modo, o que fez eles se mandarem não é importante agora. O importante é que foram embora. – Disse Mégara decidida. – E a gente tem muito mais com o que se preocupar, como o desaparecimento da Lily e do Tiago.

- Algo ruim já deixou de acontecer. – Sirius disse, com a voz meio aterrorizada. - Já cumprimos com a nossa tarefa aqui. O que quer que esses Comensais fossem fazer, já não farão mais não é? Foram todos embora.

- O Sirius tá certo. – Lore disse – A gente já fez o que tinha que fazer, agora temos que encontrar nossos amigos.

- Então vamos logo! – Mégara impacientou-se.

- A gente podia começar pelo orfanato então. – Remo sugeriu. – Ou acham melhor voltarmos e pedirmos ajuda... ?

Os quatro se entreolharam com dúvida. Depois de segundos que pareceram horas, Sirius tomou frente na discussão.

- Vamos entrar. Não tem mais perigo aqui e eles podem ter entrado lá sem a gente perceber pra duelar, se proteger, sei lá. Eu acho que devíamos seguir em frente. – E olhou para os outros três, com confiança.

- É, vamos entrar. – Mégara respondeu, também com coragem.

- Estou com vocês – Lorelai se juntou aos outros.

- Está decidido então: ao orfanato. – Remo finalizou a conversa, enquanto todos marchavam em direção ao desconhecido.

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